10 Doenças que podem ser tratadas com cannabis

Quando você escuta a palavra maconha, o que vem à sua cabeça? Se ainda é o “baseado” aceso na rodinha dos jovens, está tudo bem… Isso é o que a maioria pensa. 

Mas, estamos aqui para trazer outra perspectiva, já que a Cannabis é uma planta e pode estar muito distante dessa imagem carregada de preconceitos.

Afinal, na última década, ela tem ganhado espaço na área da saúde para o tratamento de doenças extremamente complexas, como dor crônica, ansiedade severa, epilepsia, Parkinson e Alzheimer, por exemplo. 

Neste artigo, você vai entender como a planta, em especial o CBD (canabidiol), está mudando a forma como lidamos com algumas doenças que ainda são um mistério até para a medicina convencional.

Mas, antes vamos te explicar o que cargas d’água uma simples planta tem a ver com o funcionamento adequado do corpo humano, tornando-a capaz de reduzir sintomas tão graves.

Vamos nessa?

Maconha e Corpo Humano: Afinal, Qual é a Relação?

Para entender por que a Cannabis serve para tratar tantas doenças, precisamos conhecer um sistema do corpo humano que é muito pouco conhecido: o Sistema Endocanabinoide (SEC).

Ele é responsável por regular funções essenciais como sono, humor, dor, apetite, imunidade, inflamações e até a memória. 

Isso acontece por meio de receptores espalhados pelo corpo, principalmente o CB1 (mais presentes no sistema nervoso) e o CB2 (mais ligados ao sistema imunológico).

E é aqui que a mágica acontece: os canabinoides presentes na planta, como o CBD e o THC, se conectam a esses receptores de forma muito semelhante aos compostos que o nosso próprio corpo produz naturalmente (os endocanabinoides). 

Essa interação pode modular ou equilibrar processos que estão em desequilíbrio, como inflamações, crises de ansiedade, convulsões ou dores crônicas.

Doenças que Podem ser Tratadas com Cannabis

1. Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o raciocínio e o comportamento. Com o tempo, compromete a autonomia do paciente, dificultando tarefas simples do dia a dia e tornando a comunicação cada vez mais difícil. 

Estudos iniciais sugerem que compostos da Cannabis possuem propriedades neuroprotetoras, anti-inflamatórias e antioxidantes, reduzindo a inflamação cerebral e até desacelerando a perda de memória em estágios iniciais da doença. 

Ainda são necessários mais estudos clínicos em larga escala, mas os resultados iniciais são animadores, especialmente para famílias que vivem com o medo constante do avanço da doença.

2. Parkinson

Caracterizada por tremores, rigidez muscular e lentidão dos movimentos, o Parkinson é uma doença do sistema nervoso central que afeta principalmente os idosos. 

Além dos sintomas motores, muitos pacientes também enfrentam distúrbios do sono, ansiedade e depressão.

Assim, o CBD, tem mostrado potencial em aliviar tremores, melhorar o sono e reduzir a ansiedade. Em estudos pré-clínicos, observou-se melhora da qualidade de vida e diminuição da agitação motora.

3. Epilepsia

A epilepsia é um distúrbio neurológico caracterizado por crises convulsivas recorrentes, que podem variar de leves a severas. 

Algumas formas da doença, como a síndrome de Dravet, são resistentes a tratamentos convencionais.

Por outro lado, o CBD se destacou como uma alternativa segura e eficaz no controle dessas crises, inclusive com medicamentos aprovados internacionalmente.

Assim, ele atua regulando a excitabilidade neuronal e reduzindo a frequência das convulsões em casos refratários.

4. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)

O TEPT é uma condição de saúde mental desencadeada por experiências traumáticas intensas, cujos sintomas incluem reviver o trauma por meio de:

  • Flashbacks ou pesadelos
  • Hipervigilância
  • Insônia
  • Isolamento social 
  • Reações físicas intensas
  • Gatilhos emocionais

Esse distúrbio pode impactar profundamente a qualidade de vida da pessoa, interferindo em relações sociais, trabalho e bem-estar geral.

Os efeitos ansiolíticos, antidepressivos e moduladores da memória emocional encontrados na Cannabis podem ajudar a reduzir a frequência e a intensidade dos flashbacks, controlar a ansiedade e melhorar o sono.

Um estudo clínico conduzido no Brasil e publicado pela JAMA Network Open mostrou que o uso diário de 300 mg de CBD por profissionais da saúde durante a pandemia reduziu significativamente sintomas de esgotamento, ansiedade e também de TEPT, reforçando o potencial terapêutico do composto para traumas emocionais.

5. Ansiedade

Ansiedade em níveis patológicos pode causar sintomas como falta de ar, insônia, sudorese, dores no peito e crises de pânico. 

E, infelizmente, é uma das condições mais comuns no mundo moderno.

O CBD apresenta efeitos ansiolíticos comprovados, atuando nos receptores 5-HT1A e ajudando a modular a resposta ao estresse. 

Assim, estudos demonstraram a eficácia do composto, especialmente em situações de fobia social.

6. Esclerose Múltipla (EM)

A Esclerose Múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, especialmente o cérebro e a medula espinhal, prejudicando a comunicação entre os neurônios e causando sintomas como fadiga extrema, dores musculares, espasmos, dormência, desequilíbrio e até dificuldade de fala ou visão.

Nesse cenário, os estudos que envolvem a Cannabis mostram que compostos como o CBD e o THC podem ajudar a reduzir espasmos musculares, melhorar a qualidade do sono e reduzir dores associadas à doença. 

Aliás, é possível que o CBD ofereça proteção contra os efeitos inflamatórios da EM, agindo principalmente sobre os receptores A2A. 

7. Dor Crônica

Dor que não passa: essa é a realidade de quem vive com dor crônica, uma condição que pode ser causada por doenças como fibromialgia, artrite, hérnias, lesões nervosas ou até mesmo sem causa aparente. 

Muitas vezes, pacientes enfrentam um ciclo de sofrimento, uso excessivo de analgésicos e medicamentos fortes como opioides, o que pode trazer sérios efeitos colaterais e dependência.

O sistema endocanabinoide, presente em nosso corpo, regula funções como dor, humor e inflamação. 

Já os fitocanabinoides, como o CBD, interagem com esse sistema, ajudando a reduzir a percepção da dor e a inflamação.

Assim, estudos indicam que a erva pode proporcionar alívio significativo para pacientes com dor crônica sem causar os efeitos colaterais dos opioides.

8. Insônia

Você deita, o corpo até pede descanso, mas a mente não desliga. 

A insônia, que atinge milhões de pessoas, impacta diretamente o humor, a concentração e até a saúde do sistema imunológico. 

Aliás, ela pode ser desencadeada por diversos fatores: estresse, ansiedade, depressão, dores ou distúrbios neurológicos.

A Cannabis tem mostrado bons resultados no auxílio ao sono, especialmente por seu potencial ansiolítico e relaxante, ajudando a desacelerar os pensamentos acelerados, além de promover uma regulação mais saudável do ciclo sono-vigília.

Embora mais pesquisas clínicas sejam necessárias, os relatos de pacientes e as primeiras evidências científicas apontam que o CBD pode melhorar a qualidade e a duração do sono de forma natural e segura, com menos efeitos colaterais que medicamentos tradicionais.

9. Depressão

A depressão é um transtorno mental sério e multifatorial, que pode incluir sintomas como fadiga persistente, desesperança, apatia, alterações no sono e no apetite, perda de interesse por atividades antes prazerosas e, em casos mais graves, pensamentos suicidas. 

A boa notícia é que a ciência tem explorado novas abordagens para o tratamento, sendo que a Cannabis é uma das mais promissoras. 

Assim, o CBD pode modular receptores ligados à serotonina, como o 5-HT1A, o que impacta positivamente no humor e no bem-estar emocional.

Um estudo publicado na Molecular Neurobiology demonstrou que o CBD apresenta efeitos antidepressivos rápidos e sustentados, comparáveis aos de antidepressivos tradicionais, mas com menos efeitos colaterais indesejados.

10. Autismo

O autismo é uma condição do neurodesenvolvimento que impacta a comunicação, a interação social e o comportamento. 

Cada pessoa no espectro é única – algumas apresentam sensibilidade a estímulos, outras têm dificuldades com a linguagem ou padrões repetitivos de comportamento. 

Nos últimos anos, o uso do CBD como terapia complementar no TEA tem ganhado destaque, já que estudos apontam que o composto pode ajudar a reduzir crises de agressividade, melhorar o sono, aliviar quadros de ansiedade e favorecer a regulação emocional.

Se você chegou até aqui, provavelmente está em busca de mais qualidade de vida. E a verdade é que viver com dor crônica, distúrbios neurológicos, desequilíbrios emocionais ou condições como o autismo e a esclerose múltipla pode ser desafiador.

Por isso, na Dr. Green, você encontra médicos especializados, acompanhamento individualizado e todo o suporte necessário para iniciar seu tratamento com segurança, confiança e tranquilidade.

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